O panorama científico é subjacente à desenvoltura epistemológica que consolida seu status quo. Sob esse viés, articulando com a posição que a neociência Conscienciologia ocupa em relação às demais ciências, por meio da pesquisa bibliográfica presente na filosofia da ciência torna-se possível conceber os critérios que constituem seu estatuto científico, objetivando a identificação dos fundamentos epistemológicos que justificam sua cientificidade. Nesse ínterim, contempla-se a Conscienciologia como uma neociência em consonância aos critérios consensuais admitidos no âmbito científico, metodologicamente sistematizados e padronizados. Analisar-se-á a configuração epistemológica que permeou o desenvolvimento do estatuto científico das experiências da consciência fora do corpo humano, investigando-os sob à luz da Conscienciologia, uma neociência proposta por Waldo Vieira em 1986 com a publicação de seu livro denominado Projeciologia, no qual emerge os elementos constitutivos que compõem o panorama das experiências da consciência fora do corpo humano. À guisa de compreensão, faz-se necessário conceber o contexto em que se estabelece a articulação do desenvolvimento da neociência Conscienciologia, uma vez que a pedra angular que edifica sua cientificidade fundamenta-se no estatuto de ciência proposta pelo âmbito científico. Nesse ínterim, os critérios que contemplam tal estatuto, derivam do fenômeno diacrônico da filosofia da ciência, uma vez que a ciência é constituída por meio das circunstâncias históricas, sociais, políticas, econômicas e culturais. Desse modo, utilizar-se-á sucintamente das contribuições de autores como Karl Popper, Thomas Kuhn, Gaston Bachelard, Imre Lakatos, Ludwig Wittgenstein, Edgar Morin e Boaventura de Sousa Santos para subsidiar a discussão.
Nem todo artigo científico aqui publicado expressa exatamente uma visão do centro de estudos da consciência. Como semeadores do conhecimento acreditamos que cada contribuição pode ser vista sob a ótica do questionamento coerente e esclarecedor.