Nós acreditamos que a vida humana é um processo evolutivo e a aceitação da teoria da reencarnação abre novos horizontes para o entendimento do significado da vida. A aceitação dessa teoria de reencarnação atinge metade da população da terra e traz implicações profundas para as criaturas, alterando-lhes o pensamento, eliminando o preconceito racial e sexual e os posicionamentos chauvinistas.
A reencarnação evidencia a sobrevivência do ego após a morte do corpo físico.
A consciência humana não tem condições de em uma só vida intrafísica, com média entre 60 e 70 anos, aprender toda a informação existente e aplicá-la de forma eficiente e integral no processo evolutivo.
Então, o ciclo de morte e renascimento é necessário, para que possamos ir apreendendo de forma progressiva todo o conhecimento existente e que está à nossa disposição.
No percurso da evolução, a consciência humana reencarna várias vezes e, em cada vez, o aprendizado adquirido soma-se ao de outras vidas (existências) cujo suporte somático, o corpo físico, é apenas um veículo de manifestação da consciência e, devido a sua densidade energética, fator primordial de todo o esquecimento de existências anteriores.
Somos, na verdade, consciências que podem se manifestar em três veículos: físico, psicossomático (astral) e mental. Quando temos corpo físico, estamos nos manifestando neste corpo. Quando acontece a morte física (primeira morte), o nosso próximo veículo de manifestação é o psicossoma, então, passamos a vivenciar nossas experiências no plano energético.
O duplo etérico, que é o corpo que liga o psicossoma ao corpo físico, é perdido quando acontece a morte física, restando apenas o corpo psicossomático e o corpo mental.
Cada um de nós vem, há muitos e muitos séculos, reencarnando com a finalidade única de adquirir mais consciência e entendimento de todo o processo cósmico. Cada vinda aqui na Terra deve ser muito bem aprovei-tada, pois, desta forma, ganhamos tempo precioso e a libertação dos processos emocionais imaturos e restritivos.
Ainda acreditamos e precisamos de referenciais infantis para explicar a nossa realidade e, quando não apelamos para alguma instituição, seita ou filosofia para nos dizer como devemos enxergar o mundo, carregamos a tiracolo todo o tipo de penduricalhos, como santinhos, patuás, símbolos e amuletos, acreditando desta forma que estamos protegidos ou salvos.
O nosso maior amigo ou inimigo somos nós mesmos. Somos herdeiros do que pensamos e fazemos e, quando morremos, o nosso corpo físico fica no cemitério. Mas carregamos para a próxima vida tudo o que fizemos de certo ou errado nesta e nas vidas anteriores.
A maioria da população da Terra tem medo da morte (tanatofobia). A primeira morte, que é a física, tem que ser entendida como apenas uma transferência da consciência para o corpo psicossomático, de onde vamos nos preparar para um novo corpo físico e uma nova experiência de aprendizado. Este aprendizado, para que seja realizado de forma satisfatória, tem que estar livre dos mecanismos de defesa do ego, isto é, o cumprimento da missão terrestre é um processo de aceitação da vida e dos percalços peculiares a cada um em cada existência física.
Quando a consciência, após inúmeras reencarnações, liberta-se totalmente dos processos emocionais e passa a ter uma condição madura de entendimento, não precisa mais do corpo físico, e então, ocorre a segunda morte, que é a perda do corpo psicossomático e do cordão de ouro (que liga o corpo psicossomático ao mental), tornando-se uma consciência livre.
Muitas pessoas acham que o psicossoma (corpo astral ou espírito) é imortal. A coisa não é bem assim. Os corpos são veículos de manifestação da consciência e não um bem adquirido com direito infinito de posse. Para se ter uma ideia, em uma explosão atômica pode ocorrer a perda do psicossoma ou acontecer a segunda morte, ficando apenas o corpo mental para manifestação de uma consciência que, na maioria das vezes, não tem a menor condição de usá-lo, permanecendo em estado de inconsciência. Isso acontece até que os processos naturais de homeostase (reorganização) permitam um caminho para que, através da criação de um novo corpo psicossomático, a consciência tenha suporte para reiniciar o processo de aprendizado em corpo físico.
A segunda morte é a libertação definitiva do aprendizado neste plano físico terrestre e do ciclo das reencarnações, o que não significa que não possamos ter atividades ou tarefas que beneficiem aqueles que permanecem e que precisam da orientação daqueles que atingiram um alto nível de entendimento do trabalho aqui na Terra.