Ainda que possamos entender que a espiritualidade é a nossa origem e representa tudo o que somos, quem pode dizer que é fácil perceber a espiritualidade em tudo que fazemos?
Vivemos em um mundo onde nossas primeiras crenças estão baseadas em nossos cinco sentidos, uma maneira restrita de percepção do mundo físico. Como negar o prazer ou o desprazer do toque, do alimento, dos aromas, dos sabores, das cores, quando estes se fazem tão “reais”?
Ficamos escravos dos prazeres e desejos e quanto mais comuns eles são mais impercetíveis se tornam aos nossos olhos. A vida física deveria ser uma realidade de crescimento, onde tudo que possuímos somos nós mesmos e tudo que nos cerca deveria ser algo a serviço do nosso crescimento consciencial. Mas parte do nosso crescimento é justamente esse, perceber quem somos nós para além da roupa que vestimos.
Como resultado dessa não percepção, nos vemos envoltos em apegos diversos, alguém que você muito “ama”, que representa você; algo que você muito “gosta”, que representa você; e todas as possibilidades destes dois simples exemplos se resumem em uma necessidade que está ligada ao medo e incompreensão, pela busca sem fim de continuar a existir. Pois é, evoluir é uma caminho lindo e repleto de cores mas com muitos aclives.
Viver a espiritualidade em todos os momentos significa esforça-se para ver que tudo é espiritual, e de tão simples que é, parece difícil. Justamente porque a sequência física da vida toma lugar/forma, mas não faz conteúdo, e por esse motivo não é capaz de evitar os vazios e angústias que surgem nessa jornada.
Precisamos nos questionar se a maneira que estamos vivenciando essa experiência nos conduz ao mundo multidimensaional (físico e espiritual) ou ao mundo ilusório (apenas físico), essa é uma antiga reflexão de Buda, sempre atual desde então.
Essa ilusão pode ser bem entendida quando nos vemos presos aos títulos e nomes que criamos, que ligados ao nosso ego de maneira invisível nos dizem “você existe, você é bom”. Verdade é que somos o que somos independente dos rótulos que recebemos, mas essas ilusões criadas podem dar tamanha força ao nosso ego que aquele com menos condições para exercer determinada coisa pode ir além quando intitulado de alguma autoridade, e o contrário certamente é verdadeiro.
Sair deste mundo de ilusão não significa negar a vida material, ainda que essa possa ser também uma maneira de viver. Caminhar para vivência espiritual é olhar o mundo físico de forma mais ampla e saber que nossas ações têm impacto maior do que podemos entender. Quando estamos em contato com o outro, estamos de frente para uma história, longa e cheia de curvas, da qual tantas outras consciências fazem parte. Entender que nada fazemos só, assim como não afetamos apenas a alguém, redimensiona a nossa responsabilidade com o que nos cerca.
Para além de tudo que pode ser entendido, nós do CEC compreendemos que devemos aplicar o conhecimento espiritual, e por isso temas como comportamento e a revisão de quem somos, percepção das energias, assistencial espiritual (T.A.D. e Imposição de Mãos), limpeza energética do ambiente, projeção astral, clarividência, chacras e tantos outros, vêm sendo continuamente abordados. Entendê-los é certamente o primeiro passo para praticá-los, mas praticá-los é o segundo passo, tão importante quanto o primeiro, para realmente melhor entendê-los.
Por isso gostaria de deixar aqui uma proposta prática e sempre espiritual, como é a nossa vida. É comum sentirmos antes de todas as refeições um estado eufórico, onde de alguma forma praticamos um falso “alívio” das nossas tensões. Para dissipar ou minimizar estes possíveis estados, proponho que antes de cada refeição seja feito uma exteriorização de energias no ambiente durante 3 minutos. A eficácia deste trabalho é a presença e vontade, então ao direcionar as suas energias você pode simplesmente agradecer o quão rico você é pela oportunidade do alimento, uma outra forma de vida que te continua. Essa é apenas uma sugestão do que podemos sentir e pensar, mas você certamente poderá exercitar com seu coração os motivos pelos quais agradecer, tornando o simples ato de alimentar-se algo maior do que servir a você mesmo. Faça este experimento antes das refeições por pelo menos 15 dias, e se quiser, compartilhe conosco um relato de suas percepções e o quanto a qualidade das suas refeições mudou ou não. Mas lembre-se, o que nos move é a vontade e vontade é algo que está ligado a sinceridade, então faça a experiência fazendo, isto é, com o máximo de presença possível.
Se você tem alguma dúvida de como se faz a exteriorização de energias no ambiente, vamos deixar aqui um link sobre: https://www.instagram.com/tv/CZQMXqRgz-S/
Fazer as escolhas certas dentro do conhecimento que possuímos é caminhar rumo ao próximo passo, é mover-se. Viver uma vida espiritual em um plano físico é certamente desafiador, mas também simples, basta começarmos. Boa jornada!