Alguns estudiosos, principalmente da linha filosófica e religiosa, apontam o sofrimento como uma forma de redenção e aprimoramento moral. Mas, na verdade, não é o sofrimento que faz a pessoa aprender e crescer como consciência. O que ela aprendeu com a experiência é que leva a esse aprimoramento.
Então, se ela sofrer, mas não aprender, a experiência não terá nenhuma utilidade; se ela sofrer e aprender, a experiência terá valido, mas não pelo sofrimento e sim pelo aprendizado da situação. Não é o sofrimento que faz a pessoa aprender, mas a experiência que ela vivenciou.
O que ocorre é que 80% da população da Terra estão com a consciência no nível dos chacras emocionais e instintivos, então essas pessoas sofrem muito por situações diversas e, quando conseguem “aprender a lição”, o fazem porque sofreram e não pelo entendimento da situação.
Pessoas muito primitivas não aprendem nada com o sofrimento, apesar de sofrerem muito a vida toda. Pelo contrário, o sofrimento só vai se acumulando, sem entendimento, e acaba gerando um bolo emocional imenso que a pessoa carrega vida afora e nas encarnações seguintes.
O sofrimento está diretamente ligado ao nível de consciência do ser humano. Passar por uma situação difícil não significa, necessariamente, que a pessoa esteja sofrendo com aquilo.
Não existe sofrimento, só existem situações. Sofrer ou não, depende da pessoa. O sofrimento é relativo. O que para alguns é um sofrimento imenso, para outros não significa nada. Sofrimento emocional é insatisfação e/ou desorganização do ego.
Pessoas primitivas têm dificuldade de entender e aceitar uma situação mais complexa, só entendem os processos instintivos. As situações que fogem desse âmbito as deixam desorganizadas emocionalmente, porque elas não têm recursos internos, não têm competência emocional para lidar com a situação, então sofrem.
Pode parecer absurdo, mas a pessoa se acostuma ao sofrimento e não se responsabiliza pelo seu estado, acha que a culpa não é dela e sim de fatores externos. Se ela assumir que a responsabilidade do sofrimento é dela própria, ela perderá a confortável posição de vítima.
O homem é soberano de tudo que sabe, mas é escravo de tudo que ignora. Por isso dizemos que a humanidade sofre por ignorância.
Tornamo-nos escravos de nosso ego, de nossos instintos. É a escravidão dos nossos chacras mais baixos (carência sexual, fobias, medos, descontrole, compulsão etc.) Não conseguimos subir a consciência para os chacras mais avançados porque exige muito esforço e preferimos ficar na zona de conforto, sem fazer mudanças.
Mas, quem não faz mudanças sofre, e isso vira um círculo vicioso porque o sofrimento não leva a lugar nenhum. O que nos leva a algum lugar é o conhecimento e a mudança de comportamento.
