A Importância do Autoenfrentamento Diário

A importância do autoenfrentamento diário

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Autor:

Fátima Alves

O que significa enfrentar alguma coisa? Significa encarar. É olhar de frente para uma situação, um comportamento, uma pessoa, sem medos. No mesmo sentido, autoenfrentamento é encarar a si próprio. É enfrentar a si mesmo.

É difícil enfrentar a si mesmo? Não é difícil, mas exige coragem e esforço. Temos dificuldades em enfrentar os próprios erros porque dificilmente assumimos que erramos. Geralmente nós culpamos o outro pelos erros que cometemos. Não queremos aceitar que tudo que acontece em nossa vida é resultado do que nós criamos. Podemos culpar nossos pais, a sociedade, o governo, o vizinho, o chefe, o colega de trabalho, a esposa, o marido, os filhos. Eles é que não são bons, eles é que não fazem as coisas direito. Enquanto pensarmos assim, não estaremos com o domínio da nossa vida para efetuar mudanças. Só vamos conseguir mudar algo efetivamente quando olharmos para nós e decidirmos corrigir a rota.

Autoenfrentar-se é se auto rever com sinceridade. É analisar um comportamento negativo e corrigi-lo a cada dia. Por que precisa de coragem para fazer isso? Porque se a pessoa tiver realmente vontade de se rever e se corrigir, vai perceber inúmeros comportamentos disfuncionais que a impedem de evoluir. Nossos processos emocionais (raiva, ciúme, controle, competição, sexo disfuncional, carência, agressividade…) nos aprisionam totalmente em nosso ego, impedindo a consciência de se expandir, de subir para os chacras mais sutis, que nos dão equilíbrio e linearidade energética.

Por que é importante evoluir como consciência? Para parar de fazer as mesmas coisas que fazemos há anos, há vidas e vidas e que nos fazem sofrer. Se eu não parar esse processo, vou passar mais uma vida na repetição e não vou ter aproveitado a encarnação. Eu preciso aprender para ser melhor e quando eu sou melhor, tudo a minha volta fica melhor.

Há quem pense que evoluir causa sofrimento. Evoluir não faz sofrer. O sofrimento nós já temos. O que dói é encarar os erros, os defeitos. É fácil alguém admitir que é preguiçoso, que é covarde, que é mentiroso, que sente muita raiva, que é mal-humorado? É isso que é difícil, mas é preciso rever e corrigir. Abandonar os vícios, os maus hábitos, os apegos, inferências, julgamentos. Isso tudo é ego.

Estar bem resolvido é estar com nosso ego estruturado, mantendo o controle de nossas energias e de nossos processos emocionais. Em outras palavras: nada do que acontecer externamente afetará nosso interno porque lá dentro as coisas estarão todas no lugar, bem definidas.

Para não nos revermos, é comum agirmos com autoengano, para não entrarmos em contato com a realidade. Quando carregamos um pé de coelho no bolso para dar sorte, estamos nos autoenganando. Quando criamos desculpas convenientes para disfarçar nossas incapacidades, incompetências e carências, estamos nos autoenganando e isso é autocorrupção também. Estamos sabotando nossa própria evolução.

O correto é você se aceitar, rever os seus erros e corrigi-los, é pensar primeiro em você. Isso não é egoísmo. Somente ajudando a você mesmo é que se torna possível ajudar o outro com verdadeira eficiência. Ir até um orfanato e levar alimentos ou roupas, ir até um asilo e fazer uma visita para os idosos é muito fácil. Não significa que isso não seja bom. É bom, é importante, mas se esconder atrás disso para não cuidar de você mesmo, não corrigir os seus defeitos é que é ruim.

Somos herdeiros de nós mesmos, por isso devemos assumir a responsabilidade de nossa evolução e sair à luta, sem desculpas.

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